domingo, 27 de fevereiro de 2011

Capitulo 14

Diogo - Fodasse, estamos lixados. - disse baixinho.
A Andreia tapou-lhe a boca e afastou-os da porta, quem estava do lado de fora bateu mais uma vez e rodou a maçaneta, mas a porta estava trancada.
Andreia - Está ocupado.
Pessoa do lado de fora - Andreia és tu?
Andreia - Sou Miguel.
Miguel - Como é que sabias que era eu?
Andreia - Oh otário reconheci pela voz...
Miguel - Ah. Vais demorar muito?
Andreia - Um bocadinho porquê? Estás muito aflito?
Miguel - Precisava de ir aí, mas ainda aguento. Quando saíres chama-me que eu vou-me deitar.
Andreia - Está bem!
Miguel - Olha sabes do Diogo? - o Diogo sorriu e a Andreia piscou-lhe o olho.
Andreia - Não porquê?
Miguel - É que ele não está ali...
Andreia - Se calhar foi fumar lá fora. - riu-se para o Diogo.
Miguel - Pois... Vou-me deitar depois chama-me.
Dentro da casa-de-banho a Andreia e o Diogo respiraram de alivio e ainda se riram, baixinho, daquele imprevisto.
Diogo - Ele não vai desconfiar? Eu posso ser maluco, mas não ia para a rua às 5 da manhã fumar..
Andreia - Oh deixa lá, com o sono que ele deve estar amanhã nem se lembra desta conversa.
Ele puxou-a contra o seu corpo e beijou-a. Quando pararam o beijo ela abraçou-o com força, como se não o quisesse largar nunca mais. Sabia que havia a possibilidade de nunca mais se verem e isso assustava-a, tal como a assustava a ideia de ele ter adquirido tanta importância na sua vida em tão pouco tempo. Partilhou esse medo com o Diogo e mais uma vez ele acalmou-a, embora partilhasse do mesmo receio. Beijaram-se mais uma vez, um beijo suave, e saíram da casa-de-banho. Saíram devagar, com algum cuidado para que não acordassem ninguém. O Diogo deitou-se e a Andreia foi chamar o Miguel. Dormiram mais umas horas até a mãe da Maria os vir acordar.
D. Isabel - Bom dia meninos, toca a acordar.
Maria - Ai mãe deixa-nos dormir. - reclamou.
D. Isabel - Não posso, já são nove horas. Não me disseram que o Diogo tem de ir embora às dez e meia?
Maria - Sim, mas ele pode ir mais tarde. É só ver a que horas é o próximo comboio.
Diogo - Sim isso posso, só preciso de estar em Lisboa ao meio dia.
Juca - Oh pessoal vamos lá acordar. O Diogo pode ir mais tarde na mesma, mas assim ainda aproveitamos qualquer coisinha.
Kiko - Ya também acho. Vamos lá levantar.
Calmamente todos começaram a acordar, arrumaram as coisas todas, já tinham as mochilas prontas, quando a mãe da Maria apareceu com o pequeno almoço. O cheirinho dos croissants despertou em todos uma fome incrível e quase que se atropelaram para se sentarem à mesa. Já tinham acordado completamente e para alguém de fora era impossível perceber uma conversa que fosse, conversas cruzadas que por vezes nem os intervenientes percebiam. Terminaram o pequeno-almoço e decidiram ir até ao jardim da Maria apanhar ar. Uns sentaram-se nas espreguiçadeiras outros pelo chão, permaneciam em silêncio a admirar o ar da manhã.
Diogo - Pessoal tenho uma espécie de anúncio, um pedido a fazer.
Todos olharam na sua direcção expectantes em relação ao que ele iria dizer.

O que irá dizer o Diogo?

 Obrigado pelos comentários, é muito bom conhecer as vossas opiniões, OBRIGADO!!!
Espero que gostem :)
Beijo Grande*

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Capitulo 13

A Andreia tentou esquecer o que se tinha passado e pelo que percebeu ninguém tinha dado pelo seu "desconforto" durante o resto do concerto, apenas Miguel o sabia. Embora, quando o seu olhar se cruzava com o do Diogo, um sorriso aparecesse nas suas caras, tudo continuava igual. Limparam tudo entre muita brincadeira e depois enquanto uns foram para casa, a Andreia, a Maria, a Juca, a Cate, a Mádá, o Miguel, o Kiko e o Diogo ficaram à espera dos pais da Maria, que os vinham buscar, pois todos iam dormir em casa dela.
Não demorou muito até chegarem ao sitio onde iam dormir. A Maria apresentou o local ao Diogo, pois os restantes já lá tinham dormido algumas vezes.
Maria - Bem vindo ao anexo, isto aqui é sala, cozinha, quarto... e ali tens a casa-de-banho. - apontou para uma porta azul.
Diogo - Ok. Isto parece-me muito fixe.
Miguel - E é brutal, puto. Já passámos aqui com cada noite...
Juca - Ah pois é... Partyy - gritou.
Andreia - E o que é que vamos fazer primeiro? - perguntou sentando-se num dos sofás existentes no anexo.
Mádá - Singstar mon amour.
Andreia - Eehh - torce o nariz. - Isso não me parece muito boa ideia, é que ali o menino Diogo - aponta para ele que se  encontra um pouco afastado do sofá, com o Miguel e com o Kiko, a "arrumar" os sacos-cama. - Dá-nos logo uma abada.
Diogo - Tchii isso é tudo medo?
Andreia - Sim porquê? Há algum problema? - o Diogo acenou com a cabeça que não, enquanto se ria.
Miguel - Ai a menina está com medo...
Andreia - Goza Miguel, goza.
Miguel - Mesmo medricas, agora tem medo de um jogo...
Cate - Oh Miguel olha que tu depois não te queixes.
A Andreia só se levantou, calmamente, do sofá e dirigiu-se a Miguel, que tal como os outros rapazes estava de joelhos no chão a esticar os sacos-cama. Começou a despenteá-lo como forma de vingança, mas ele rapidamente a agarrou pelas pernas, o que fez com que esta se desequilibrasse. Ainda se tentou agarrar a Diogo, mas nem isso lhe valeu, quando deu por si estava deitada no chão a sofrer um ataque de cocegas. Ao fim de algum tempo a implorar a Miguel para que este parasse, o drama lá acabou. Acabaram por jogar singstar, onde o esperado aconteceu, não houve um jogo em que o Diogo entrasse, que não ganhasse. Depois foram jogar ao jogo do post-it e acabaram a noite à conversa. Antes de adormecer a Andreia olhou para o telemóvel e este marcava 3h:45min. Mal o sono se apoderou dela, Diogo apoderou-se do seu sonho. 

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Sonho:
Passeavam os dois num jardim, lado a lado sem qualquer contacto físico, apenas se olhavam. De repente estavam juntos à Torre de Belém e num gesto rápido Diogo puxa Andreia e beija-a, enfrente a todas as pessoas que se encontravam por ali.

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Este sonho fez Andreia acordar sobressaltada, os amigos dormiam todos profundamente, e ela levantou-se e foi até `bancada beber um copo de água. Pousou o copo na bancada e as mãos rapidamente ocuparam o mesmo espaço. Ficou ali, parada, a pensar no dia, no concerto, no sonho... Estava envolta nos seus pensamentos quando sente alguém agarrá-la pela cintura e beijar-lhe o pescoço. Assustou-se e rapidamente se virou para a pessoa.
Andreia - Diogo... - disse surpresa.
Diogo - Sim. Então não consegues dormir? - as mãos de Diogo prendiam Andreia entre o seu corpo e a bancada
Andreia - Foi só um sonho. E tu não estavas a dormir?
Diogo - Não, há coisas que não me saem da cabeça... - com isto beijou novamente Andreia e esta interrompe-o.
Andreia - Diogo nós não estamos sozinhos!! - disse-lhe com um ar sério.
Diogo - Mas isso resolve-se.
Pegou na mão dela e levou-a até à casa-de-banho, puxou-a lá para dentro e começou a beijá-la. Numa pausa entre dois beijos ela olhou-o e sorriu-lhe, ele encostou-a à porta e trancou-a, assim ninguém os incomodaria. Andreia gostava cada vez mais daqueles beijos e Diogo partilhava da mesma sensação. O ritmo não abrandava, mas ela pôs a mão na consciência e afastou-o, colocando uma mão sobre o peito dele.
Andreia - Isto está errado...
Diogo - Mas porquê?
Andreia - Nós conhecemo-nos à menos de 24h e provavelmente nunca mais nos vamos ver, ou se nos virmos vai ser nos teus concertos e...
Diogo - Eu sei, mas também sei o que sinto quando estou contigo e isso de nos vermos resolve-se.
Andreia - Oh Diogo e como é que eu sei que isto não é tudo uma ilusão?
Diogo - Não acreditas em mim?
Andreia - Eu conheço-te à tão pouco tempo, mas quando olho para ti, para os teus olhos... Tudo me parece normal, simples, verdadeiro...
Confessavam um ao outro de mãos dadas.
Diogo - Mesmo assim achas que é preciso ter medo? Eu não quero fazer nada que tu não queiras.
Andreia - Não é isso, mas tu agora estás no programa, tens carradas de miúdas atrás de ti... - é interrompida.
Diogo - Espera, isso não quer dizer nada. A maior parte delas anda atrás de mim por ser da televisão, por ser o "menino bonito". E eu conheço-te à pouco tempo, mas já percebi que não és assim...
Andreia - Sim, mas nós moramos longe e... não sei se calhar sou eu que sou parva. - o Diogo deu-lhe um pequeno beijo.
Diogo - Não és nada parva e eu gosto de ti. Não te posso dizer que é amor, mas se me perguntares se vou conseguir passar muito tempo sem te ver, sem te ouvir eu posso-te dizer já, que não. Adoro-te e por ti faço os quilómetros que forem precisos. - a Andreia corou.
Ela não o deixou falar mais e beijou-o, ele sorriu-lhe e a partir daí as suas línguas entenderam-se na perfeição, numa sintonia perfeita. Não se conseguiam largar, mas foram interrompidos, alguém bateu à porta.

Como será que eles se vão safar desta? Irá esta relação ter futuro?

Espero que gostem :)
Beijinhos musicais*

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Capitulo 12

"Não, tu não podes Andreia", pensava a Andreia para com os seus botões, ela não podia estar assim, deixar-se assim beijar por alguém que conhece, pessoalmente, à menos de 24h. Para além de que a reacção, ou falta de reacção, dela para com os beijos do Diogo não era normal. Já o ouvia cantar, começou então por dar pequenos passos até conseguir voltar ao mundo real. Antes de voltar para perto das amigas foi buscar uma garrafa de água. Quando finalmente lá chegou foi bombardeada com perguntas.
Juca - Então como é que ele beija?
Cate - Beija bem?
Andreia - É normal, aquilo foi só um beijo para ficar bem na música.
Maria - Sim, mas não me venhas dizer que foi um beijo técnico. Toda a maneira, como é que é sentir os lábios dele?
Andreia - Oh meninas deixem-se de perguntas e tomem atenção ao concerto. - disse-lhes já sem paciência, não queria demonstrar o que estava a sentir naquele momento.
Tentou aproveitar ao máximo o resto do concerto, mas sempre que o seu olhar se cruzava com o de Diogo as borboletas invadiam-lhe o estômago. Miguel apercebeu-se que ela estava algo estranha e assim que terminou o concerto foi ter com ela.
Miguel - Estás bem Andreia?
Andreia - Sim, porquê?
Miguel - Porque te achei estranha durante o concerto, depois de actuares...
Andreia - Oh não foi nada. - continuava a omitir a verdade, mas sabia que não ia durar muito, pois Miguel conhecia-a bem.
Miguel  - Tu sabes muito bem que não me enganas. Mas olha estiveste fantástica, arrasas-te.
Andreia - Obrigado. - sorriu-lhe
Miguel - Ainda estou é para saber como é que o Diogo não levou um estalo no final da segunda música. Ainda me lembro da primeira vez que o Kiko te beijou.
Andreia - Tu e eu. - a boca fugia-lhe para a verdade. - O Kiko quando me beijou a primeira vez levou um estaladão que ficou com a cara vermelha imenso tempo.
Miguel - Pois... E tu com o Diogo nem reagiste.
Andreia - Pois...
Miguel - Oh Andreia mas o que é que se passa?
Andreia - Olha sou eu que não sei porque é que não reagi ao beijo, devia te-lo afastado.
Miguel - Podias estar sensível com a música, frágil por teres tantas pessoas a olhar para ti, sei lá. E isso fez com que não reagisses.
Andreia - Pois o problema é que não sabes da história toda.
Miguel - Não sei?- perguntou confuso.
Andreia - Não. Nós quando saímos do palco ele perguntou-me o que tinha achado do beijo e eu disse que tinha ficado bem na actuação e... - hesitou.
Miguel - Sim... desenvolve...
Andreia - E beijou-me novamente. Aí já não havia público nem música para estar sensível. - contou.
Miguel - E tu como reagiste?
Andreia - Não reagi, correspondi ao beijo. Por mais que soubesse que aquilo estava errado não conseguia parar de fazê-lo. - admitiu envergonhada.
Miguel - Ai que a minha menina está apaixonada.
Andreia - Não posso, é tão pouco tempo...
Miguel - Oh isso não quer dizer nada. E ele desde que chegou que está de olho em ti. E isto pode parecer um bocado piroso ou até à filme, mas quando vos vi juntos à tarde, depois de ele ter ido fumar, achei que ficavam tão bem juntos, pareciam um casal com as vossas brincadeiras.
Andreia - Ai Miguel eu nem sei o que pensar... Nem sei o que sinto. - abraçou o amigo e pousou o seu queixo no ombro dele procurando conforto.
Miguel - Não quero mudar a tua opinião nem nada desse género, mas quando vocês se foram preparar antes do concerto estive a falar com ele e passo a citar parte da conversa :"tens uma sorte enorme em ter a Andreia como amiga, todas  são bacanas, mas ela... tem alguma coisa de especial. Nunca conheci ninguém assim."
Andreia - Ai Miguel o que é que eu faço?
Miguel - Olha não stresses por antecipação, eu vou estar sempre aqui. Agora diverte-te e sê tu mesma. porque a nossa noite ainda não acabou. - sorriu-lhe e puxou-a por um braço para perto dos restantes amigos.

Será que Miguel tem razão e a noite ainda não acabou?

Sei que este capitulo está um bocadinho fraco, mas prometo que o próximo será bastante melhor ;) Mesmo assim espero que gostem!!!
Beijinho*

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Capitulo 11

Começaram a cantar e se inicialmente o público estava expectante em relação à voz da Andreia, uma vez que nem todos já a tinham ouvido cantar, quando iam a meio da musica já o público delirava e os acompanhava, cantando. Com a reacção que vinha da plateia a Andreia soltou um largo sorriso e nesse momento o Diogo deu-lhe a mão. Ele cantava com um sorriso malandro na cara "Quem nos visse deitados de cabelos molhados, bastante enrolados, sacos camas salgados...". Do público só houve uma reacção "uuuhhhh" e a Andreia conseguiu ouvir a Maria a gritar "Uii, dá-lhe!!", ela tentou abstrair-se e continuou a cantar como se nada tivesse acontecido, mas até ao fim da música nunca largou a mão do Diogo. A música chegou ao fim e ela abraçou-o e sussurrou-lhe ao ouvido um obrigado, ele sorriu-lhe e pediu uma salva de palmas para ela, mas istantaneamente o público começou a gritar: "Mais uma, mais uma, mais uma"
Diogo - Então pessoal querem que a Andreia cante mais uma musica?
Público - Siiiim.
Diogo - Querem mesmo?
Público - Siiim.
Diogo - Acho que não te safas... - disse ao microfone, mas dirigindo-se para a Andreia.
Andreia - Então querem mais uma é?
Público - Siim.
Andreia - Então e cantamos o quê? - perguntou ao Diogo.
Diogo (afastando o microfone da boca) - O "Try again" da Lúcia Moniz? Conheces?
Andreia - Claro que conheço, então mas dividimos a música como?
Diogo - Primeira parte eu, segunda tu, refrão os dois e assim por diante...
Andreia - Está bem. - disse ao mesmo tempo que acenava com a cabeça e fazia uma expressão do tipo "vamos lá".
Diogo - Quem te viu e quem te vê.
Andreia - Fala muito que ainda ficas a cantar sozinho.
O Diogo deitou-lhe a língua de fora e voltou a falar com o público.
Diogo - Bora lá pessoal. - gritou. - Esta é mais calminha.
A Andreia já tinha dito aos amigos que música tinham de tocar, os acordes soaram e as vozes fizeram-se ouvir. Cantaram os dois de uma forma muito serena e sempre olhos nos olhos, no fim da música o Diogo começou a aproximar-se de Andreia e ficaram a cantar praticamente colados um ao outro. Os últimos acordes já soavam e aqui as vozes não entravam, era o final da música. Os braços do Diogo rodearam a cintura da Andreia e as mãos dela pousaram nos ombros dele, ela pensava que ele apenas a ia abraçar, mas quando menos esperava sente os lábios dele irem de encontro aos dela, não consegue parar o beijo e começam a ouvir-se gritos do público. Os lábios deles separaram-se naturalmente e a Andreia olhou perplexa para o Diogo. Ouviram aplausos, agradeceram e saíram do palco, era a vez de os apresentadores entrarem. A Daniela quando passou pelo Diogo e pela Andreia olhou-os com um olhar de raiva e seguiu o seu caminho, enquanto que o André antes de entrar em palco lhes deu os parabéns.
O Diogo seguia atrás da Andreia e puxou-a pelo braço.
Diogo - O que achaste do beijo?
Andreia - Do beijo? Olha foi um beijo, ficou bem na nossa actuação.
Diogo - Só isso? - perguntou olhando-a nos olhos.
Andreia - Sim - respondeu mentindo, ela sabia que era errado mentir, mas na altura não podia fazer outra coisa, ela não conseguia admitir para com ela que o beijo de um rapaz que conhecia à menos de 24h tinha mexido tanto com ela. Foi mais que um simples beijo.
Estava a meio dos seus pensamentos quando sente o Diogo puxar mais o seu braço deixando os seus corpos completamente colados, e como dois imans que se juntam, os seus lábios não demoraram muito a unir-se. Ela por mais que soubesse que aquilo estava errado não conseguia larga-lo, as borboletas invadiam agora o seu estômago. Os seus lábios eram suaves e seu sabor deixava-a nas nuvens.
André - Com vocês novamente o Diogoooo. - ouviram o André a anunciar.
Diogo - Tenho de ir, desculpa. 
Deu-lhe um ultimo beijo e saiu a correr para o palco, a Andreia não conseguiu mexer um músculo que fosse para sair do sitio onde se encontrava.

Espero que gostem :)
Beijooo

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Capitulo 10

Já tinham ensaiado o tempo suficiente, estava tudo no ponto. Tinham encomendado pizzas e achavam sempre muita piada ir receber as pizzas ao portão da escola. Jantaram no meio de muita animação e cantoria. A turma já estava toda junta, o Ricardo ia ficar na entrada com a Claúdia a vender os bilhetes, eles já estavam prontos e foram para o seu posto. O Diogo estava a ficar nervoso e andava de um lado para o outro a cantarolar, a Andreia, a Maria e a Mádá foram para a casa-de-banho preparar-se e os outros andavam a ver os últimos pormenores. Enquanto trocavam de roupa faziam as previsões para aquela noite.
Maria - Então querida estás nervosa?
Andreia - Estou a ficar um bocado... - fez cara de assustada.
Mádá - Opá não estejas assim, tu arrasas em qualquer lado.
Andreia - Sim, sim. Depois o estado do Diogo também não ajuda nada.
Maria - Isso só é preciso ele te ver que lhe passa logo.
Andreia - É, eu agora devo ter efeito calmante.
Mádá - Pois tens.
Maria - Quando ele te pediu para cantares com ele, houve uma altura em que ele te agarrou a mão, foi porquê?
Andreia - Oh eu estava a dizer que era muita gente a olhar para mim e ele estava a dizer que me ajuda, para eu não olhar para o público, olhar para ele.
Mádá - Uau! - disse isto e fez um gesto de "ggrrrr"
Andreia - Olha oh Mádá eu... - fez um pausa - nem digo mais nada.
Virou as costas e foi para o espelho maquilhar-se, uma coisa simples, um brilho nos lábios, um pouco de base, risco nos olhos e rimel. As amigas fizeram o mesmo e saíram já arranjadas.
Miguel - Tão lindas que elas estão.
Mádá - Estamos não, somos.
Andreia - Ah pois.
Miguel - Desculpem lá pronto. Vocês são lindas e boas - fez uns gestos com as mãos enquanto dizia isto.
Andreia - Também não te estiques, calma lá. - O Diogo riu-se com estes comentários. - Então e tu, estás pronto? - perguntou ao Diogo.
Diogo - Estou, um bocado nervoso, mas isso é normal.
Maria - Quem é que quer vir comigo ver se já cá está muita gente?
Andreia - Eu vou.
Mádá - E eu também.
As amigas saíram e foram de encontro a Juca e Cate que já se encontravam no recinto a orientar as pessoas.
Maria - Bem isto está a encher.
Juca - Podes crer, está a ter bué adesão.
Cate - Estão todos a dizer que o espaço está brutal, que soubemos aproveitá-lo muito bem...
Enquanto as amigas falavam a Andreia permanecia calada a olhar para as pessoas a chegar, o recinto estava cada vez mais cheio e isso estava a deixá-la nervosa. Não se assemelhava nada aos concertos em que já tinha cantado. Ao aperceberem-se do estado dela as amigas tentaram acalmá-la. Voltaram para dentro e não conseguiram conter o riso quando viram, novamente, a Daniela de volta do Diogo, mas o melhor é que o Diogo estava com cara de quem estava a apanhar uma grande seca.
Mádá - Realmente aquela miúda não existe.
Chegou-se a hora do concerto, mandaram apagar as luzes e a música fez-se ouvir. O público estava em êxtase, cantava, gritava, saltava, notava-se que estavam agradados com o que viam e ouviam. O Diogo já cantava a última música antes da entrada da Andreia, esta já se dirigia para as traseiras do palco e fazia-se acompanhar da Juca. Chegaram-se perto do senhor José, o senhor do som, para que ele desse o microfone à Andreia.
Sr. José - Boa sorte.
Andreia - Obrigada. - agradeceu-lhe sorrindo.
Juca - Vá miúda está quase, muita merda, eu acredito em ti.
Andreia - Obrigadão meu amor.
Juca - Não se agradece oh ursa. - começaram a ouvir o Diogo a anunciar a actuação seguinte "Bem pessoal na próxima música não vou estar sozinho..."
Andreia - Desculpa.
Juca - Bem estou no ir para te ver arrasar. Muita merdaaa. - disse isto e saiu a correr.

(No palco)

Diogo - E para cantar comigo, pessoal, uma voz fantástica e que vocês devem conhecer a Andreiiaaaa. - a Andreia entrou em palco e centenas de pessoas a aplaudir fizeram-se ouvir, o pânico instalou-se na cara dela e o Diogo ao aperceber-se disso, de imediato lhe agarrou a mão.
Andreia - Boa noite pessoaaaaall. - cumprimentou o público tentando disfarçar o nervosismo.
Diogo - Pessoal esta música é dedicada à Mádá.
Andreia - Sim princesa é toda para ti. - e enviou-lhe um beijinho.

Será que o concerto vai correr dentro da normalidade até ao fim?
Espero que gostem!!
Beijos :)

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Capitulo 9

Os primeiros acordes soaram e a Andreia começava a cantar: "Know it sounds funny, But I just can't stand the pain, Girl I'm leaving you tomorrow, Seems to me girl you know, I've done all I can, You see I beg, stoleand I borrowed, Yeah! Uh, uh!..", as amigas deliravam, era como se estivessem num concerto... A música continuava e a Andreia aproveitava o momento ao segundo. Entretanto chegou a Daniela já toda arranjada para o concerto, cheia de maquilhagem, de saltos altos, enfim... coisas à Daniela. Juntou-se às amigas que cantavam energicamente.
Daniela - Então o Diogo, onde está?
Mádá - Foi à casa-de-banho.
Daniela - Ah está bem.
No palco todos continuavam animados e foi de lá que a Andreia avistou o Diogo, que já vinha da casa-de-banho, mas preferiu desviar o olhar não fosse entrar em stress. O Diogo aproximou-se do palco, mas manteve-se atrás de Maria, Mádá e Daniela a admirar aquele belo momento. A música terminou e ele dirigia-se para o palco, ou melhor para a Andreia...
Daniela - Diogoo!!
Diogo - Olá - respondeu sem dar muita importância.
Daniela - Então como é que estão a correr os ensaios?
Diogo - Bem. - disse e foi de encontro à Andreia. - Miúda tu tens uma voz... linda.
Andreia -Oh não é nada de especial. - disse envergonhada.
Diogo - É sim, não queres cantar comigo no concerto?
Andreia - Ai não!
Diogo - Porquê? Assim fico triste...
Andreia - Opá não fiques, mas eu não consigo...
Diogo - Consegues, eu ajudo-te - agarrou-lhe a mão.
Andreia - É muita gente a olhar para mim. E as miúdas não iam achar muita piada...
Diogo - Não olhes para o público, olha para mim. - riu-se. - Não iam achar piada porquê?
Andreia - Ai és tão chato!! Se calhar porque muitas vêm só para te ver, sozinho.
Diogo - Não sou nada. Então mas eu não posso andar sempre sozinho, elas entendem... Cantas comigo?
Andreia - Não sei...
Diogo - Pessoal ajudem-me. - pediu aos amigos de Andreia. - Não era brutal ela logo à noite cantar comigo?
Maria - Era fantástico - disse entusiasmada. - Canta!
Mádá - Vais cantar não vais?
Andreia - Oh meninas eu não consigo, e também não canto assim tão bem...
Kiko - Sabes muito bem que essa última parte é mentira e para além disso já cantaste nos nossos concertos.
Andreia - Sim mas espero que esteja cá bastante mais gente do que nos vossos concertos em que eu cantei.
Miguel - Canta fofinha.
Andreia - Tu para me chamares fofinha é mesmo para dares graxa... Mas queres cantar o quê?
Diogo - Então isso quer dizer que cantas...?
Andreia - Não, quero saber qual era a música que estavas a pensar para cantarmos juntos.
Diogo - Por mim é à tua escolha. Cantas?
Andreia - Canto. - disse a sorrir e quando o acabou de proferir o Diogo abraçou-a e deu-lhe um beijo na testa.
Diogo - Brutal! Então e que música cantamos?
Andreia - Epá não sei... Sugestões? - perguntou aos amigos.
Mádá - Dunas.
Andreia ( a rir-se) - Dunas?
Mádá - Sim , porquê?
Andreia - É que eu canto isso na boa, mas não estou a vê-lo - aponta para o Diogo. - a cantar isso.
Diogo - Pois... Mas se é isso que querem, eu canto.
Mádá - A sério?
Diogo - Ya.
Andreia - Então bora lá. Sabem tocá-la não sabem?
Kiko - Claro que sim.
Ensaiaram, ensaiaram e ensaiaram.

A hora do concerto aproxima-se. O que irá acontecer??
Espero que gostem!!
Beijinho, Sofia Carvalho*

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Capitulo 8

Entraram no Zé, juntaram umas mesas e sentaram-se. O Diogo ficou sentado ao lado da Andreia... Fizeram o pedido, uns iam comer pizza e outros lasanha. Almoçaram no meio de muita conversa e animação, o Diogo já estava super integrado no grupo e, também ele, começava a ficar ansioso com o concerto. Acabaram de almoçar e levantaram-se para ir pagar, as raparigas pagaram primeiro e saíram logo para a rua, deixando os rapazes lá dentro.
Juca - Fogo ele é mesmo giro!! - disse suspirando.
Cate - Pois é, e aquele piercing no lábio...
Mádá - Tem é uns olhos lindos. - a Andreia encontrava-se um bocado a leste desta conversa.
Maria - Pois, mas ele está é todo virado aqui para os lados da nossa amiga. - disse, dando um encosto à Andreia.
Andreia - Mas o que é que vocês querem?
Juca - Nada, nada... Estávamos só aqui a constatar a beleza do Diogo. O que é que achas?
Andreia - Acho que sim, é super giro... O piercing dá-lhe um ar de bad boy que.. - exitou - Ui!!
Juca - Uhh estás a cair nas garras dele?
Andreia - Não parva, mas que é giro é. E eu sinceramente já não vos entendo. Se não comento o facto de o rapaz ser giro é porque não comento, se comento é porque estou a cair nas garras dele.
Mádá - Não te chateeis, mas olha que faziam um belo par, lá isso faziam.
Maria - Ya. Já viste até têm ténis iguais.
Andreia - Temos? - disse ao mesmo tempo que olhava para os pés e que a Juca dizia "Têm?"
Maria - Sim.
Os rapazes saíram neste momento e quiseram saber do que falavam as meninas.
Maria - Estávamos a comentar que a Andreia e o Diogo têm uns ténis iguais. - todos olharam para os pés deles, incluindo o Diogo.
Miguel - Olha pois têm.
Andreia - Sabem como é, pessoas com bom gosto é assim. - riu-se para o Diogo e ele piscou-lhe o olho.
Voltaram para a escola.
Quando lá chegaram foram falar com o director da escola para saberem se podiam começar a por tudo apostos. Tiveram autorização, mas com uma condição, começar com as coisas mais simples, deixarem, por exemplo os ensaios para mais tarde para perturbarem o menos possível as aulas. Assim foi, o palco já estava montado, já tinham ligado ao pai do Miguel para lá ir levar os instrumentos e assim que ele chegou começaram a ligá-los, a por as colunas no sitio, amplificadores, luzes... Acabaram isso e eram quatro e meia, queriam começar o checksound o mais rápido possível, mas pediram-lhes para começarem no mínimo às cinco, então decidiram ir lanchar. Foram lanchar ao bar da escola.
Kiko - Então estás nervoso? - perguntou ao Diogo.
Diogo - Um bocado, afinal é um concerto ao vivo.
Mádá - Sim, mas já deves estar habituado. É como se todos os Sábados tivesses um concerto.
Diogo - Sim também, mas não deixa de ser difícil...
Miguel - Nervos é coisa de meninas - gozava com o Diogo.
Andreia - Ah então é por isso que antes quando tinhas a banda ias 50 vezes à casa-de-banho antes de o concerto começar. - esta afirmação fez com que todos se rissem e o Miguel apertasse a bochecha à Andreia.
Miguel - A minha menina hoje está cheia de piada...
Andreia - Parece que sim. - riu-se. - Olhem estou com sede vou ali comprar uma garrafa de água.
A Andreia dirigiu-se ao balcão e tinha duas pessoas à frente, por isso ainda teve que esperar, mas a conversa na mesa continuou.
Juca - Como é que é pessoal prontos para trabalhar? Têm de ensaiar...
Miguel - Pois é...
Diogo - Opá eu gostava de fumar um cigarrinho antes..
Cate - Isso só faz é mal. - o Diogo encolheu os ombros.
Maria - Para isso tens de ir lá fora, porque é proibido fumar cá dentro.
Diogo - E ninguém me faz companhia?
Maria - Eu estou fora. Não me apetece andar.
Miguel - Eu vou afinar a guitarra que é para quando chegares já estar pronto.
Kiko - E eu vou ver da bateria.
André - E eu do baixo. - disse o André que tinha chegado durante o lanche.
Juca - Olha eu tenho de ir à casa-de-banho, Mádá vem comigo. - levantaram-se e foram na direcção da casa-de-banho.
Miguel - Nunca percebi isto de as raparigas irem sempre juntas à casa-de-banho. - a Cate riu-se.
Diogo - Fogo tenho de ir sozinho né?
Maria - Não, sobra-te a Andreia.
Andreia - O que é que se passa com a Andreia? - perguntou enquanto voltava para a mesa.
Maria - Vais fazer companhia ao Diogo, porque nós já estamos todos fora e tu és a última portanto não tens escolha.
Andreia - Pois vocês são muito engraçados, deixam-me sempre sem escolha. - e fez cara de amuada, todos se riram. - Mas vá vamos lá.
O Diogo levantou-se e dirigiram-se para a porta.
Andreia - Já agora vamos onde?
Diogo - Vou fumar.
Andreia - Fumar?? - perguntou. Quase que se engasgava com a água que estava a beber. - Eu não acredito que eles me fizeram cansar para tu ires fumar.
Diogo - Mas o que é que tem? - perguntou desiludido, pois pareceu-lhe que a Andreia não queria estar com ele.
Andreia - Oh Diogo tu já tens idade para saber que isso te faz mal.
Diogo - Pois tenho, estou a tentar reduzir.
Seguiram até à rua, ficaram parados ao portão da escola e olhavam para nada. O Diogo já estava a fumar e aquele silêncio estava a deixar Andreia fora de si, por isso decidiu interrompe-lo.
Andreia - Desculpa a minha reacção de há pouco.
Diogo - Oh é na boa.
Andreia - A sério, não é nada contra ti, mas fumar...
Diogo - Mas porque é que isso te irrita tanto?
Andreia - Olha porque essa merda só faz é mal, ainda por cima a ti que cantas...
Diogo - Sim?
Andreia - Isso fode-te as cordas vocais todas...
Diogo - Ya eu sei, é bué mau e um ganda vicio.
Andreia - Pois, mas devias deixá-lo.
Diogo - Estou a tentar.
Andreia - É bom que sim. - sorriu-lhe. - Senão não vou pagar para ir a um concerto que seja, teu.
Diogo - Então fica aqui prometido que vou deixar de fumar.
Andreia - Quero ver isso - disse enquanto se ria.
Diogo - Tu alguma vez experimentas-te? 
Andreia - Não, nem quero.
Diogo - Fodasse miúda tu deves ser perfeita...
Andreia - Ai isso também não sou.
Diogo - Olha que és!! - disse olhando para ela com um sorriso irresistível.
Andreia - Está bem abelha. Podemos ir para dentro?
Diogo - Vamos - respondeu-lhe enquanto apagava o cigarro e seguiram os dois para o pátio. Pelo caminho o Diogo começou a cantar "Sex bomb, sex bomb, you're my sex bomb" e ria-se como que a picar a Andreia.
Andreia - Opá oh Diogo importas-te de parar de cantar essa música?
Diogo - Acho que me importo.. - disse-lhe enquanto brincava com o piercing que tem no lábio.
Andreia - Olha vou ficar chateada.
A Andreia começou a andar mais rápido e o Diogo acelerou atrás dela, pedindo-lhe para esperar. Finalmente puxou-a por um braço e os dois desataram a rir. Os amigos ao ver toda esta cena do palco começaram a sorrir.
Juca - Tão animados que os meninos vêm. - tentou saber mais.
Andreia - Por acaso até venho muito chateada com vocês..
Miguel - Então?
Andreia - Então? Então vocês mandam-me lá para fora, fazer companhia ao Diogo quando ele vai fumar? Fumar? - fez um ar de chateada.
Maria - Pois... - foi a única reacção que conseguiu ter, os restantes ficaram calados.
Andreia - Vocês sabem que eu ODEIO tudo o que tenha a ver com tabaco. - neste momento o Diogo não se conseguiu conter mais e riu-se, a Andreia olhou-o como se estivesse a reprovar a sua atitude.
Diogo - Desculpa - pediu ainda a rir-se.
Andreia - Fogo tinhas de me estragar o esquema. - e deu-lhe uma chapada no braço.
Mádá - Esquema?
Andreia - Sim, eu não estou nada chateada com vocês... Ou melhor estou, vocês sabem que eu odeio fumo, mas pronto é mais forte que eu e não me consigo zangar a sério.
Eles começaram o ensaio, já havia pouca gente na escola. A Juca e a Cate foram a casa e a Maria, a Andreia e a Mádá estava sentadas no chão a ver o ensaio. Estavam super surpreendidas com o Diogo, pois a voz dele soava ainda melhor ao vivo. Elas cantavam todas as músicas. Os rapazes fizeram uma pausa no ensaio, o Diogo precisava de ir à casa-de-banho.
Miguel - Oh Andreia sobe aí para o palco para cantares uma musiquinha.
Andreia - Eia não...
Kiko - Anda.
Mádá - Vai lá, tenho saudades dos dias em que subias ao palco para cantar com a banda deles nos concertos.
Andreia, Andreia, Andreia - gritaram todos. E ela acabou por subir.
André - Então sai o "Easy"?
Andreia - Ya, bora lá.

Será que o Diogo vai ver a Andreia a cantar? Será que o facto de ela ter subido ao palco vai mudar alguma coisa?


Espero que gostem e que deixem os vossos comentários :)
Beijinhos, Sofia*