Capitulo 25

Juca - Vai haver merda porquê, Miguel?
Miguel - As miúdas acabaram de entrar na casa-de-banho..
Diogo - O quê, elas foram atrás da Andreia? - perguntou já um pouco aflito.
Miguel - Pareceu-me que sim, devíamos ir lá. - já se preparava para se levantar.
Juca - Calma!! Vocês são rapazes não podem entrar nas casas-de-banho femininas, eu vou lá e se for necessário chamo alguém.
Assim foi, Juca dirigiu-se à casa-de-banho onde já se tinha iniciado uma conversa nada amigável.

Conversa na casa-de-banho:
Ao dirigir-se para o lavatório para lavar as mãos Andreia depara-se com a entrada das duas fãs do namorado, mas não dá qualquer importância. Estava num sitio público, ainda para mais numa casa-de-banho, onde qualquer pessoa poderia precisar de ir. Começou a achar estranho o facto de as raparigas terem ficado paradas a olhar para ela e uma delas tentar puxar a outra para fora dali. Mesmo assim continuou o que estava a fazer..
1ª rapargia (de braços cruzados olhando com desdém) - Sinceramente... Sinceramente como é que o Diogo foi olhar para ti? Sendo ele giro como é e podendo ter tudo o que quer para que é que ele te quer, uma rapariga tão... normal? - é interrompida pela amiga.

2ª rapariga - Carla cala-te, vamos embora.
Carla - Não vamos nada embora. Ela sabe andar a vangloriar-se com o Diogo ao lado, mas agora que não o tem aqui quero ver como vai ser. Quero ver se descubro o que ele viu nela. É que não encontro mesmo nada de interessante.
Andreia - Olha, Carla não é? Não nos conhecemos de lado nenhum, não tens nada a ver se eu e o Diogo namoramos ou não e, acima de tudo, não tens o direito de falar assim de mim. Portanto, se me fazes um favor não me faças perder o meu tempo.
Carla - Ai que eu sou tão politicamente correcta. - disse ironicamente. - Não te faças de superior, fica-te mal. Só vejo uma razão para o Diogo estar contigo, tendo ele todo aquele ar de bad boy, deves ser realmente muito boa na cama.
É neste momento que Juca entra na casa-de-banho e fica escandalizada com o que ouve.
2ª rapariga - Estás a exagerar Carla, vamos lá embora!! - exclamou usando um tom de voz mais elevado e tentando puxar a amiga por um braço.
Carla - Não vamos nada, não vês que agora até veio a amiguinha para a defender..
Andreia - Pois olha, tu é que devias dar ouvidos à tua amiga, pois ela está a tentar ajudar-te. E agora se eu fosse dar-te importância pregava-te um estalo, porque como já te disse não tens direito de falar assim de mim nem eu te admito isso. Mas como não vou descer ao teu nível vou ignorar-te e sair daqui, porque o ar está pesado. E se tens assim tantas dúvidas é melhor ires falar com o Diogo para ele te esclarecer.- Ela já não conseguia estar ali mais tempo, estava à beira da quebra. Por isso saiu porta fora.
Juca - Isso foi de um nível tão, mas tão baixo. Dá ouvidos à tua amiga. - sai e dá uma pequena corrida para apanhar a amiga, percebendo o estado dela diz-lhe: Calma, estiveste bem. Aquilo é só inveja

Assim que as avistam todos se levantam e dirigem-se na sua direcção. As lágrimas já se precipitavam no rosto de Andreia e Diogo ao vê-la naquele estado só teve um impulso.. abraçá-la. Ela tentava acalmar-se envolta nos braços de Diogo enquanto Juca contava o que tinha ouvido, o suficiente para deixar os amigos escandalizados e Diogo furioso, mas ao mesmo tempo orgulhosos de Andreia pela atitude que tomou.

Andreia - Diogo amo-te tanto!!

Diogo - Também te amo princesa. Como nunca amei ninguém. - selou este momento com um beijo nos lábios de Andreia.

Andreia - Mas tenho tanto medo disto, é que eu não sei se aguento outra destas...

Diogo - Não vai haver outra destas, prometo.

Andreia já estava mais calma e todos voltaram a sentar-se na mesa de café para tudo ficar totalmente normalizado. Ela contou toda a história aos amigos e quando já era do conhecimento de todos decidiram levantar-se para pagar e ir embora. Kiko dirigiu-se ao balcão para pagar enquanto o restante grupo saiu e ficou a esperar à porta. Andreia agarrava Diogo pela cintura enquanto este tinha o braço sobre os ombros dela e lhe dava leves beijinhos no cabelo. 

Cate - Eu sei que isto foi bué mau para ti, mas agora gostava que as raparigas passassem aqui para ver se tinham coragem de falar.

Andreia - Olha eu disse-lhe, sim porque só uma é que falou a outra só queria tirá-la dali, que se tinha tantas dúvidas para perguntar ao Diogo.

Kiko tardava em chegar, mas quando chegou disse não trazer boas noticias, pois as raparigas vinham atrás dele. Assim que deram de caras com eles Carla voltou a atacar sem se importar com a presença dos restantes, enquanto a amiga apensa foi embora dizendo apenas um simples "Faz o que quiseres. Fui!!".

Carla - Pois agora já estás toda agarradinha ao menino. Inseguranças?

Mádá - Mas tu achas que ela tem motivos para ter inseguranças? - interveio sem se conseguir conter.

Carla - Não vejo porque não, já olharam bem para ela?

Kiko - Já, muito bem até! É linda, simpática, divertida, honesta, educada..

Carla - Oh Diogo olha que eu se fosse a ti tinha cuidado, com comentários destes..

Diogo - Olha é assim, não sei quem tu és, agradeço-te por acompanhares o meu trabalho, mas por favor sai daqui e não nos dirijas mais a palavra. Acho que já fizeste "estragos" suficientes por hoje. Com atitudes dessas não vais a lado nenhum, devias ter cuidado.

Carla - Oh querido não sei o que ela te contou, mas eu só tentei esclarecer uma dúvida que tinha.

Miguel - Ai sim? E qual é a dúvida?

Carla - O que é que ele vê nesta miúda tão... normal? - disse com um ar de desprezo perante Andreia.

Juca - Olha com certeza vê tudo o que é impossivel ver em ti.

Diogo - Olha isso são coisas que só a mim e a ela dizem respeito. Não sei o que pretendias com todas estas atitudes e especialmente com a que tiveste na casa-de-banho, mas sinceramente nem quero saber. Eu amo-a e ela sabe disso melhor que ninguém e não é uma pessoa como tu que vai abalar o nosso relacionamento disso podes ter a certeza.

Com isto Carla ficou sem resposta e os amigos voltaram à casa dos tios do Diogo para ir buscar as coisas, pois dentro de duas horas partia o comboio que os levaria de volta às suas casas.

Faltavam apenas quinze minutos para o comboio chegar e Diogo e Andreia trocavam palavras de amor perante os olhares atentos dos amigos. Ele pediu-lhe ainda desculpa por tudo o que passou devido à sua fama, mas Andreia não queria que ele o fizesse pois ele não tem culpa de ter fãs como estas. Já estava tudo mais calmo e só havia uma coisa a fazer, esquecer aquele momento que se tornaria insignificante perante todo o tempo que passaram juntos. O comboio acabou por chegar e a despedida foi feita com um beijo intenso onde as suas línguas se juntaram e dançaram uma balada perfeita. Selaram aquele momento com um leve toque de lábios e Andreia partiu rumo à sua casa.